26/08/2009

RELATÓRIO

COMO SE FAZ UM RELATÓRIO
A consulta de um dicionário de Língua Portuguesa dá-nos a seguinte definição de relatório: "exposição circunstanciada e objectiva, oral ou por escrito, daquilo que se viu, estudou, observou, analisou... ".
Ao longo da tua vida académica e profissional, vais ter de produzir rela­tórios cujo objectivo é descrever situações, factos, actividades, comunicar um trabalho, uma pesquisa, um projecto desenvolvido. Para além do papel de comunicação que o relatório efectivamente tem, a sua elabora­ção permite ao autor uma análise crítica sobre o seu trabalho e a perspec­tivação da actividade futura. Daí que, num relatório, não te possas limitar a descrever o que foi feito, mas como foi feito: deves registar os processos que te levaram a determinadas conclusões, as dificuldades sentidas, as hipóteses de trabalho levantadas, etc.
O professor avisa com antecedência o dia em que terás que apresentar o (s) relatório (s). Tens de reter dois aspectos muito importantes:

1. Cumprimento do prazo - se entregas um relatório fora do prazo és penalizado na avaliação. Na tua vida futura, pode até acontecer que o teu trabalho não seja aceite. Para aprenderes, o teu professor de AP pode assumir este comportamento.

2. Um relatório prepara-se com tempo. O conhecimento antecipado da data de entrega permite-te gerir o tempo da sua produção para que o documento final reflicta cuidado na apresentação e um conteúdo subs­tancial, quer dizer, mostra de facto o trabalho que desenvolveste.

Tipos de relatório
No âmbito da AP e História vais ter de produzir diferentes tipos de relatórios:
1. Relatórios de actividade
2. Relatórios de desenvolvimento/processo
3. Relatórios do produto final
Vamos analisar os objectivos de cada um destes tipos de relatório e de seguida a estrutura que deves seguir para a sua elaboração.

1. Relatório de actividade - o professor pode solicitar um relatório indi­vidual ou de grupo de uma iniciativa, de uma saída ou actividade de campo, de uma visita de estudo, de um conjunto de actividades pro­duzidas num determinado período de tempo.
2. Relatório de desenvolvimento de processo - está prevista a apresenta­ção de um relatório do desenvolvimento do projecto em AP, em dois momentos:
● no fim do 1º período.
● no Carnaval.
Contudo, o professor pode solicitar um relatório de desenvolvimento sempre que considere oportuno. Os objectivos destes relatórios, também designados por relatórios de processo, são, entre outros, os seguintes:
● permitem que o grupo e cada um dos seus elementos tomem consciên­cia do processo de execução do projecto e da participação de cada um;
● ajudam a reflectir sobre as dificuldades e até bloqueios do projecto favorecendo a sua superação;
● podem orientar a reformulação do projecto;
● promovem a auto-avaliação;
● constituem elementos de avaliação para o professor.
No final do ano poderás apresentar um relatório individual final onde expões um balanço do teu trabalho ao longo do ano.
3. Relatório do produto final
O relatório do produto final acompanha a apresentação do produto no fim do ano lectivo. O produto final é a concretização do projecto desen­volvido: integra a experiência do projecto.
Pode acontecer que ao longo do ano o teu professor te solicite produtos do trabalho, e nesse caso, estás a apresentar um relatório de produto.
Em diferentes momentos, terás de apresentar quer relatórios individuais quer relatórios de grupo. A sua solicitação é geralmente acompanhada por um conjunto de instruções que te orientam na sua produção.

A estrutura de um relatório
Vamos apresentar-te um conjunto de elementos que poderás encarar como um guião para a elaboração de relatórios.
Geralmente, o relatório apresenta as seguintes partes: capa, índice/sumário, texto, anexos.

Capa
Na capa devem constar os seguintes elementos:
- o nome da escola
- o título: (por exemplo, "Relatório do Trabalho de Projecto")
- a tua identificação
- a identificação do professor
- a data.
Apesar de a capa não ter registado o número de página, conta como página 1.

Sumário
Na página 2 deves registar o sumário, por vezes designado por índice, que tem por função apresentar a estrutura do relatório e a sua localização através do registo da página. Por exemplo:
1. Introdução……………………… 3
2. O carácter da Área de Projecto.. 5
3.
4.
5. Bibliografia …………………….. 15
6. Anexos ………………………….. 17

Texto
Deves iniciar o teu texto com uma introdução onde justificas a razão de ser do relatório e os seus objectivos. Podes apresentar, brevemente, o plano do texto que produziste. No relatório, isto é, no texto propriamente dito, identificas o objectivo do relatório, descreves o trabalho que reali­zaste, as metodologias utilizadas, os resultados e as dificuldades que encontraste, as questões que o trabalho suscitou. Um relatório que se limite a descrever as actividades desenvolvidas é pobre: é a reflexão sobre as dificuldades que sentiste, a forma como as ultrapassaste, o modo como interagiste com os teus colegas e com outras pessoas com quem colaboraste que torna o teu relatório um documento único, por reflectir a tua experiência pessoal. Mostra como organizaste e desenvolveste o tra­balho e a tua contribuição para o grupo: integra, portanto, uma aprecia­ção autocrítica do teu trabalho.
Deves incluir uma conclusão onde registes comentários finais, observa­ções, críticas e um balanço genérico da actividade ou do trabalho objecto do relatório.


No teu texto, há alguns aspectos éticos que deves respeitar:
● só citar documentos efectivamente consultados;
● citar as fontes a que recorreste, registando todos os dados que permi­tam a sua identificação;
● ser rigoroso no registo dos dados e nos contactos que mantiveste;
● ser autêntico na descrição das tuas experiências e na análise crítica que produzas.

Anexos
Nos anexos, deves integrar os documentos, gráficos, legislação, imagens, conforme o caso. Estes materiais devem ser numerados. A paginação deve continuar a do texto principal. Deves incluir também a bibliografia, respei­tando as regras que já analisámos.


Redacção e apresentação gráfica
No teu relatório, a forma como rediges tem muita importância. Assim:
● procura apresentar as tuas ideias de forma estruturada, com clareza e rigor;
● as frases e os parágrafos não devem ser extensos;
● a expressão deve ser correcta e clara. Procura fazer várias revisões para evitares erros ou frases mal construídas;
● podes utilizar a primeira pessoa do singular ou a primeira do plural.

A apresentação gráfica do relatório é também relevante, devendo-se pautar pela discrição e pela regularidade. Apresentamos-te algumas sugestões:
● tipo de letra: Times New Roman, Arial Narrow. Podes escolher outra fonte, desde que seja discreta e bem legível;
● tamanho: os textos devem ter o tamanho 12; as notas de rodapé devem ser escritas em tamanho 8;
● os títulos devem ser escritos a bold (negrito) hierarquizados, isto é, usando diferentes tamanhos para os títulos e subtítulos;
● espaçamento – 1,5;
● tipo de papel: A4 branco.

É importante referir que o professor pode solicitar um relatório manus­crito, produzido no contexto de uma aula. Neste caso, a ortografia, a legi­bilidade do texto e a apresentação são factores de avaliação.

Avaliação do relatório
O Professor esclarecerá os critérios que terá em conta na avaliação. Contudo, há alguns aspectos que são comuns à avaliação dos relatórios:
● a organização do trabalho;
● a descrição ordenada dos procedimentos;
● a justificação das opções tomadas;
● a organização das ideias e dos raciocínios;
● a clareza e correcção da linguagem utilizada;
● a criatividade.

A título de exemplo, apresentamos dois modelos de relatórios.


RELATÓRIO DO 1º PERÍODO

O relatório que tens de apresentar para Área de Projecto é o primeiro, do ponto de vista formal. Informalmente, em diálogo com o professor ou com os teus colegas de grupo ou de turma, já produziste muitos relatórios informais. Reconheces afirmações como: “Já percebo melhor o que se pre­tende com Área de Projecto. ", "Não sabia que as consequências das faltas em AP eram tão graves. ", "Estou com dificuldades em sintetizar as notícias que recolhi. ", "Tenho tido problemas em aceder ao site da instituição X"., "Não pensava que fazer um inquérito era tão difícil"., "O tema que o meu grupo está a desenvolver dá mais trabalho do que imaginávamos.", 'Já sou capaz de organizar melhor as informações que recolho. ", "O meu grupo está a ganhar ritmo no trabalho e a comunicar melhor. ", A utiliza­ção do e-mail tem facilitado a troca de ideias entre nós. ", "Tenho tantas ideias para o projecto que tenho dificuldade em fazer a selecção. ", etc.

Estas e muitas outras reflexões estão registadas, com certeza, no teu diá­rio de bordo.

Tendo em conta o que acabámos de dizer e a orientação que tem sido desenvolvida na turma, propõe-se que elabores o teu relatório tendo em conta os seguintes itens:

1 . Analisar as expectativas em relação à AP.
2. Reflectir sobre as mudanças que esta área exige e os desafios que coloca.
3. Analisar as actividades que desenvolveste no âmbito das técnicas de investigação e das suas aplicações. Reflectir sobre as aprendizagens que fizeste.
4 . Descrever a forma como o tema foi escolhido e a sua relação com os teus interesses, as tuas opções vocacionais e profissionais.
5 . A experiência do trabalho de grupo.
6 . Planificação do projecto.
7 . Perspectivas de trabalho.


O registo das dificuldades sentidas e a forma de as superar

Para elaborares o relatório irás recorrer aos diários de bordo, ao teu portefólio/ dossier individual de projecto, onde tens os materiais orga­nizados, aos registos pessoais que foste fazendo, à planificação das tarefas, etc.


RELATÓRIO INDIVIDUAL FINAL

Na fase final do desenvolvimento do projecto tens de apresentar um balanço do teu trabalho individual no grupo de trabalho. Pretende-se que faças uma reflexão crítica do desenvolvimento do processo que conduziu à apresentação do produto final. Apresentam-se alguns itens que te podem orientar na elaboração deste documento: Introdução, Desenvolvi­mento e Avaliação.

1. Introdução
Começa o relatório por contextualizar o teu trabalho individual no tra­balho do grupo.

2. Desenvolvimento
● Descreve as actividades que realizaste no âmbito da investigação que foi feita ao longo do ano. Sem entrares em pormenores pouco rele­vantes para se compreender a tua actividade, deves, contudo, referen­ciar os objectivos das pesquisas, quando e onde as concretizaste e as razões das opções feitas.
● Identifica e descreve os obstáculos e dificuldades com que te depa­raste e as formas de as superar. Podes referir o efeito das várias refor­mulações ao projecto.
● Identificas as aprendizagens feitas.
● Regista de que modo o desenvolvimento do projecto em particular e da frequência da Área de Projecto te permitiram o desenvolvimento de competências que pensas venham a ser úteis na tua vida acadé­mica, profissional e pessoal.

É importante que reflictas nos teus registos a tua perspectiva pessoal.
Uma mais-valia de um relatório é, para além de ser fiável, reflectir a impressão personalizada do seu autor.

3. Avaliação
● Faz uma auto-avaliação do teu trabalho individual, justificando.
● Faz uma avaliação do projecto, referindo o que consideras os aspec­tos positivos e os aspectos negativos.

DIÁRIO DE BORDO

COMO SE FAZ UM DIÁRIO DE BORDO

O diário de bordo é um meio de os alunos registarem as suas activida­des, reflexões, os seus comentários sobre o modo como o trabalho que desenvolvem em grupo ou individualmente se processa. É uma forma pri­vilegiada de o seu autor descrever e reflectir sobre os problemas que vão surgindo, os obstáculos que decorrem do desenvolvimento do trabalho e da forma de os superar. O registo escrito permite criar o hábito de pensar as práticas, de se pensar a própria aprendizagem.
Descrever e reflectir sobre o trabalho, as actividades.

O que se regista no diário de bordo?
Sendo o diário de bordo o relato de uma actividade, de uma sessão de trabalho, pode-se afirmar que é um instrumento de registo diário (daí a sua designação!). Deves anotar o local onde decorreu a actividade, a data, a hora do início e fim da tarefa, descreveres o que fizeste individualmente ou em grupo. O registo tem de terminar com uma avaliação, uma refle­xão sobre o modo como decorreu a tarefa, o seu efeito no processo de trabalho, as consequências futuras, etc.
Se, por exemplo, fores fazer uma consulta à biblioteca registas: o local, dia, hora, o livro (ou outro material) que consultaste, o resultado da pesquisa e a forma de registo. Terminas a entrada no diário de bordo com o balanço da tarefa dando uma reflexão crítica.
Para se fazer um registo não é necessário que a actividade seja bem­-sucedida: por exemplo, diriges-te a uma instituição para recolheres material e não conseguiste: deves fazer este registo e escreveres as tuas conclusões sobre o sucedido. No diário de bordo podes também registar as questões que queres colocar ao teu professor, reflexões sobre a forma como o teu grupo está a trabalhar. Podem ser dadas indicações adicio­nais no contexto da tua turma, do projecto que estás a desenvolver.
Não há um formulário específico para fazeres o registo. Deves usar, contudo, um formulário simples que te ajudará a organizar o diário de bordo que irá fazer pa1te integrante do teu portefólio.

Vantagens do diário de bordo
As vantagens do diário de bordo são várias, o que justifica a sua utiliza­ção por muitos professores de outras disciplinas. Vamos apenas referir algumas delas:
● documentas o teu trabalho: o diário de bordo é um dos testemunhos das actividades que desenvolves;
● organizas as tuas reflexões pessoais sobre as iniciativas, sobre o teu trabalho;
● ajuda-te a fazer a auto-avaliação ao longo do desenvolvimento do projecto;
● promove hábitos de reflexão crítica e de escrita;
● dá ao professor uma perspectiva do trabalho que desenvolves, da tua aprendizagem, torna-o um bom instrumento de avaliação.

Um bom registo
Pode-se perguntar: o que é um bom registo de um diário de bordo? É o registo que:
● faz uma descrição rigorosa da actividade;
● respeita as referências requeridas: dia, hora, local, recursos;
● centra a descrição nos seus aspectos essenciais;
● inclui uma reflexão crítica e comentários significativos.
É importante a apresentação e a forma como está redigido. O cumpri­mento de prazos e o número de entradas são factores de valorização.

13/08/2009

A BIOGRAFIA

FAZER UMA BIOGRAFIA
Regras a seguir:
1ª FASE :
Seleccionar a personalidade da História a biografar;
Pesquisar elementos sobre o (a) biografado (no manual, em livros de História,
nomeadamente outras biografias, em Memórias, Discursos, enciclopédias, CD-ROM,
videogramas e na Internet).
Construir uma cronologia:
- factos da vida e obra da personalidade em causa;
Colocar questões orientadoras. Exemplos:
- Como qualificar a personalidade do(a) biografado (a)? Que teve ele(a) de interessante ou
de menos digno?
- Que acontecimentos moldaram o seu carácter, a sua ideologia e a sua acção?
- Com que obstáculos se defrontou essa pessoa na vida? Como os ultrapassou?
-Que efeitos teve o(a) biografado(o) a nível local, regional, nacional ou mundial? O mundo
ficaria melhor ou pior se ele(a) não tivesse vivido? Como e porquê?
Optar por elaborar uma biografia cronológica ou temática:
- No primeiro caso seguir a vida e obra ao longo do tempo;
- No segundo, debruçar-se sobre um ou mais aspectos relevantes da acção do(a)
biografado(a).
2ªFASE:
Redigir a biografia. Dela deve constar:
- Apresentação da figura histórica (data e local de nascimento e morte; origem familiar,
estudos; profissão; vida afectiva);
- análise, mais ou menos desenvolvida, da sua vida e obra (caráter, episódios relevantes
da vida; factores que os condicionara);
-conclusão (importância histórica da pessoa biografada.
MUITO IMPORTANTE!
Evitar desenvolver a época em que viveu a figura biografada. Esta é que constitui o
assunto central do trabalho.
Procurar ser objectivo, sem que o trabalho se resuma a um suceder de factos. A sua leitura
deve resultar o mais agradável possível.
Recorrer a ilustração, se entender necessário.

COMO FAZER UMA SIMPLES BIOGRAFIA

Uma biografia é o relato dos feitos mais relevantes da vida de uma pessoa.

Que tenho de fazer?

1º Escolher alguém que se tenha distinguido: um escritor, um artista, um cantor, um desportista, …

2º Recolher informação sobre a pessoa sobre quem quero fazer a biografia:
- entrevistas dadas pelo próprio ou por quem o conheça
- consulta de jornais, revistas ou outras publicações

3º Registar a informação:
- data e local de nascimento
- percurso académico e profissional
- obras publicadas
- colaborações
- gostos e interesses

4º Fazer o relato: redigir o texto onde são descritos os factos mais importantes relativos à vida dessa pessoa e que tenham interesse social. A descrição dos factos deve ser feita com o máximo rigor.

PORTEFÓLIO

COMO SE FAZ UM PORTEFÓLlO

Em AP e HISTÓRIA, o portefólio é constituído pelo conjunto dos trabalhos produzi­dos ao longo do desenvolvimento do projecto. Permite seguir o modo como vais construindo, com os outros, o projecto e reflectir o teu contri­buto pessoal. Implica organização, planeamento e contextualização dos materiais que reflectem a prática do teu trabalho
O portefólio concretiza-se numa pasta, num dossier de argolas, que inte­gra o material recolhido e produzido. Pode também ser apresentado em suporte digital (por exemplo, CD ou BLOGUE). Permite a compreensão detalhada das várias componentes do processo de trabalho constituindo um importante meio de avaliação.
O portefólio é um registo global de um percurso, de um processo pessoal de aprendizagem, sendo portanto único. É um instrumento de trabalho em constante reformulação.

O que constitui o portefólio
Não é possível fazer uma listagem exaustiva dos materiais que consti­tuem o portefólio porque este tem de reflectir o projecto, o trabalho con­creto que está a ser desenvolvido. Contudo, a listagem que se segue é um indicador do que pode fazer parte de um portefólio:
● documentos que são os produtos das investigações levadas a cabo e que podem ter várias origens: entrevistas, questionários, pesquisas bibliográficas, etc. Este material deve ser acompanhado por uma fun­damentação rigorosa;
• diários de bordo;
• comentários e reflexões críticas;
● relatórios de actividades e relatórios individuais de desenvolvimento;
● sínteses, fichas de leitura e de análise de filmes;
● mapas conceptuais;
● levantamento de problemas;
● grelhas de observação;
● glossário;
● fotografias e outras produções gráficas;
● bibliografia e outros recursos;

● comentários produzidos por outras pessoas;
● auto-avaliação e heteroavaliação.
O portefólio constrói-se ao longo do ano:
Reflecte a evolução do trabalho.

Todos os materiais que reflictam o teu percurso pessoal de trabalho no desenvolvimento do projecto devem ser integrados no teu portefólio.
Contudo, o portefólio não é uma acumulação mais ou menos volumosa de materiais. Se o fosse, confundia-se com um dossier. Mais à frente, esclare­cemos a distinção entre portefólio e dossier.
O portefólio está em constante actualização.

Características de um portefólio
Que características devem ter os matérias seleccionados? Vamos apre­sentar algumas delas:
● oportunidade/significado - no portefólio não se reúnem todos os materiais produzidos ou recolhidos. Tem de haver uma selecção, integrando aqueles que sejam significativos e adequados ao pro­cesso de desenvolvimento do trabalho. Isso não significa que não se incluam materiais que reconheces que não foram úteis para o trabalho. Nesse caso, justificas o motivo da sua exploração e poste­rior exclusão;
● diversidade - o portefólio, para além de reflectir as diferentes fases da investigação e produção do projecto, traduz o recurso a várias fontes e pontos de vista. A lista que registámos no ponto anterior manifesta a diversidade;
● organização - enquanto que um dossier é uma colecção de documen­tos, o portefólio implica organização que se reflecte na integração dos documentos de modo regular e planificado. Seleccionados, tendo em conta os objectivos e o percurso de trabalho, os documentos devem ser datados e devidamente contextualizados;
● criatividade - a apresentação de soluções originais é um elemento de valorização de um portefólio;
● fundamentação - as opções tomadas devem ser fundamentadas, isto é, apresentam a justificação. A escolha dos documentos seleccionados deve ser também justificada;
● reflexão - esta será uma das mais importantes componentes do por­tefólio dado que deve acompanhar os trabalhos ou realizações pro­duzidas pelo seu autor. É a reflexão que está na base da selecção dos materiais. É pela reflexão que o aluno toma consciência dos seus progressos: distingue a forma como uma mesma actividade é encarada, por exemplo, por diferentes elementos do grupo que desenvolveram a mesma tarefa. O portefólio deve reflectir a identi­dade do seu autor.
Construído ao longo do ano, acompanhando a evolução do trabalho, vai assumindo diferentes versões. Por exemplo, no final do ano já integra a descrição do produto final, a avaliação da sua apresentação pública, o relatório do produto, etc. O portefólio cresce e evolui com o projecto.

Como organizar o portefólio
Como já afirmámos, o portefólio não é uma colecção, uma acumulação de materiais. Na base da concepção do portefólio está a planificação, a selecção e a organização do material. Estas características devem manifes­tar-se na forma como o organizas.
Seguem-se algumas sugestões para a organização do portefólio:
● folha de rosto com identificação;
● inclusão de um índice ou sumário;
● apresentação/justificação do projecto;
● organização em partes que revelem uma estrutura adequada;
● inclusão de separadores claramente identificados.

Deves ter muita atenção ao aspecto gráfico, que deve ser cuidado e motivador da sua consulta. Podes seguir algumas das instruções que já te demos sobre a apresentação gráfica quando abordámos o relatório.
Para poderes auto-avaliar o teu portefólio, apresenta-se uma lista simples de verificação que te permitirá aferir alguns aspectos do teu produto:

TRABALHO DE GRUPO

ELEMENTOS 3 ou 4
1. COMO SE FAZ UM TRABALHO DE GRUPO
Grande parte da actividade que desenvolves em AP decorre em trabalho de grupo. Esta circunstância deve-se ao facto de o trabalho de grupo pro­mover um conjunto de competências que vais necessitar na tua vida aca­démica e profissional futuras.
De facto, a complexidade da vida contemporânea nas suas diferentes vertentes exige o trabalho de equipa que envolve formas particulares de trabalhar. Ao longo da tua vida escolar já desenvolveste muitas activida­des em grupo. Contudo, faz sentido abordar alguns aspectos desta forma de trabalhar: estás no 9º ano, preparas-te para novas realidades, o que implica que desenvolvas o trabalho em grupo de uma forma pensada e crítica.

De entre as muitas vantagens do trabalho de grupo, que justificam o recurso a esta forma de trabalhar, destacaremos algumas competências que promovem:
● a cooperação entre os seus membros;
● a discussão de ideias e a reflexão sobre as questões;
● aperfeiçoamento de técnicas de comunicação;
● a organização do trabalho.
Um bom grupo de trabalhoUm bom grupo de trabalho tem de ter duas condições essenciais: ter objectivos claros e desejar ser bem-sucedido. Contrariamente ao que vul­garmente se pensa, a heterogeneidade e a diferença dos membros que constituem um grupo são factores que promovem um trabalho mais pro­dutivo e que favorecem a solidariedade entre os seus membros. Muitas vezes um grupo falha nos seus objectivos e a qualidade de trabalho fica aquém das expectativas porque o grupo é constituído por um conjunto de pessoas que partilham dos mesmos pontos de vista ou que estão liga­das fundamentalmente por questões de amizade.
A heterogeneidade do grupo é uma vantagem

Contudo, para que um grupo funcione e o trabalho renda, há um con­junto de regras que devem ser respeitadas:
● os elementos que o compõem devem procurar tomar decisões por unanimidade;
● cada elemento tem de ter a disponibilidade para fazer concessões;
● nenhum membro deve impor a sua opinião ou perspectiva;
● deve-se encarar a crítica como um factor de promoção da qualidade do trabalho;
● o conflito é inerente ao trabalho de grupo devendo ser visto como normal no processo de trabalho e como um factor de crescimento colectivo e individual;
● todos os membros têm de trabalhar: se um membro não trabalha, o rendimento do grupo está comprometido e as relações entram em crise;
● os elementos do grupo fazem a avaliação dos resultados do trabalho bem como da participação de cada um: fazem a auto e heteroavaliação.

Como trabalhar
Para que uma sessão de trabalho renda, é preciso que todos os seus membros:
● saibam claramente sobre o que se vai trabalhar;
● cheguem a acordo sobre os limites do tema ou subtema que estão a desenvolver;
● definam prioridades e objectivos parcelares a atingir em cada etapa de trabalho;
● partilhem a informação e os recursos;
● registem as ideias, decisões e planos;
● fixem prazos;
● distribuam as tarefas e designem os responsáveis;
● percebam e respeitem a distribuição das tarefas;
● identifiquem os meios e recursos necessários para o desenvolvimento do trabalho;
● cheguem a conclusões;
● sejam disciplinados e responsáveis;
● tenham confiança e sejam solidários entre si.

Problemas no grupo
A diversidade e heterogeneidade inerente a um bom grupo de traba­lho geram conflitos: de opiniões, de perspectivas, de formas de actua­ção. Contudo, não são os conflitos que têm esta origem que podem pôr em causa o trabalho de grupo. Já afirmámos que até são condição do desenvolvimento de um trabalho produtivo e de qualidade. Há, no entanto, problemas que podem comprometer o rendimento de uma equipa. Os principais problemas que podem surgir num grupo de tra­balho são:
● o desinteresse de um ou vários membros;
● os conflitos de liderança;
● a falta de lealdade;
● as dificuldades na aplicação do plano de trabalho.
Se o grupo em que estás integrado vive alguns destes problemas, parti­lhem-nos com o professor. Um elemento experiente e externo ao grupo pode ajudar a superar a crise experimentada.
A avaliaçãoJá vimos que a avaliação do trabalho produzido, a auto-avaliação e heteroavaliação, são inerentes ao trabalho de grupo: é este processo que ajuda a que o trabalho avance de forma mais positiva e rentável. Transcreve-se uma ficha de avaliação do trabalho no grupo para que possas compreender melhor o que te é solicitado quando trabalhas de forma cooperativa. Os diferentes níveis de avaliação e os respectivos descritores ajudam a situares a tua prestação enquanto elemento de um grupo. Discute em grupo os critérios e procura situar-te.

01/08/2009

PINTOR: EDVARD MUNCH: EXPRESSIONISMO


Você sabe quem foi Edvard Munch?
Munch em 1921

Se algum dia você pensar em estudar a história da arte, provavelmente irá se deparar com o Edvard Munch. É que esse norueguês foi um pintor super importante.

Munch nasceu em 1863 em uma cidade chamada na época de Kristiania. Hoje ela é Oslo, capital da Noruega! A cidade foi renomeada em 1924. Pois então, a vida dele não foi nada fácil: sua mãe morreu de tuberculose quando ele tinha apenas 5 aninhos (em 1868) e, desde então, Munch foi criado pelo pai - que tinha problemas mentais...

Em 1881, Munch iniciou seus estudos na Royal School of Design, lá em Kristiania mesmo. E em 1892 arrumou suas malas rumo à Alemanha: ficou lá até 1908.

Munch teve muitos problemas psicológicos por tudo o que aconteceu em sua família, e nem é preciso dizer que toda essa preocupação foi retratada de alguma forma em suas obras, né? Que tal conhecer a mais famosa de todas elas?
O grito

Está vendo esse quadro de um homem gritando com as mãos na orelha.
Munch costumava pintar a mesma tela muitas, muitas e muitas vezes... Só para se ter uma idéia, ele fez 50 versões do quadro "O Grito" até achar que estava bom!

Sentimentos como a dor, a angústia e a dificuldade de viver são expressos nessa super obra de arte que, de tão valiosa, foi roubada da Galeria Nacional de Oslo em fevereiro de 1994! Mas, calma: três meses depois, os noruegueses conseguiram recuperá-la com apenas um arranhãozinho!

Depois desse susto, a vigilância ficou mais esperta e o quadro não sai mais de lá!

Os trabalhos de Munch influenciaram um dos movimentos artísticos mais importantes do século XX. Quer saber qual?

Expressão do quê?

Munch é considerado um dos pais do expressionismo com toda a razão: é que esse movimento se caracterizava por distorcer e exagerar na representação de alguém ou alguma coisa por meio da "expressão" dos sentimentos.

Este movimento dominou a arte alemã entre 1905 e 1930.