24/03/2010

SUBTEMA K.3.: PORTUGAL: DO AUTORITARISMO À DEMOCRACIA

CONTEXTUALIZAÇÃO
Após a 2ª Guerra Mundial veificou-se a derrocada dos regimes ditatoriais. Contrariamente, em Portugal, persistiu o Estado Novo de Salazar, que impunha uma política conservadora, repressiva e ditatorial, que se traduziu no isolamento internacional do país. Como consequência, o crescimento económico parou e a oposição democrática ao regime aumentou.
Durante este período surgiram os primeiros movimentos armados de libertação das colónias. Mas a recusa de Salazar em conceder-lhes a independência arrastou Portugal para a guerra colonial.
O marcelismo ainda tentou a democratização do país, mas como não quis fazer grandes alterações em relação ao salazarismo, acabou por fracassar. Caminhava-se para a Revolução do 25 de Abril de 1974.
O Movimento das Forças Armadas revoltou-se e derrubou a ditadura salazarista-marcelista.

SUBTEMA K.2.: AS TRANSFORMAÇÕES DO MUNDO CONTEMPORÂNEO

CONTEXTUALIZAÇÃO
O Mundo na segunda metade do século XX, conheceu profundas alterações na economia, sociedade, política, cultura e tecnologia. Os países capitalistas, liderados pelos EUA, viveram um forte desenvolvimento económico e tecnológico. Os países do bloco comunista, liderado pela URSS,tiveram um crescimento desigual, verificando-se a sua desagregação em finais da década de 1980.
Os territórios descolonizados, apesar de livres e independentes, continuaram a enfrentar graves problemas económicos, sociais e políticos. Em paralelo com a riqueza das grandes potências, surgia o Terceiro Mundo, subdesenvolvido, onde alastra, em muitos locais, a miséria e a fome.

SUBTEMA K.1.: O MUNDO SAÍDO DA GUERRA

CONTEXTUALIZAÇÃO
No final da 2ª Guerra Mundial, a Europa encontrava-se completamente destroçada e a necessitar de ajuda financeira para a sua reconstrução.
As divergências entre as duas superpotências do pós-guerra, EUA e URSS, acentuaram-se, passando a disputar entre elas o domínio do Mundo. Este dividiu-se em duas zonas de influência: a zona ocidental, capitalista, liderada pelos EUA, e a zona oriental, socialista/comunista, chefiada pela URSS. Vivia-se no chamado período da Guerra Fria.
O fim da guerra ficou ainda marcado pelos movimentos independentistas e de descolonização da África e da Ásia.

21/03/2010

SUBTEMA K.3.: PORTUGAL: DO AUTORITARISMO À DEMOCRACIA: FILME: CAPITÃES DE ABRIL

"Capitães de Abril"
SINOPSE
"HÁ MOMENTOS EM QUE A ÚNICA SOLUÇÃO É DESOBEDECER."
Em Portugal, na noite de 24 para 25 de Abril, uma canção desencadeia um golpe de Estado militar que irá mudar a face do país e o destinos dos Territórios que então dominada em África.
Ao som do poeta Zeca Afonso, as tropas revoltosas tomam os quartéis. A Revolução Portuguesa distingue-se pelo carácter aventuroso, tanto como pacífico e lírico.

Título Original: Capitaines D'Avril / Capitães de Abril
Género: Drama
Origem/Ano: FRA-POR-ITA-ESP/2000
Duração: 123 min
Direcção: Maria de Medeiros

Elenco:
Stefano Accorsi - Salgueiro Maia
Maria de Medeiros - Antónia
Joaquim de Almeida - Gervásio
Frédéric Pierrot - Manuel
Fele Martínez - Lobão
Manuel João Vieira - Fonseca
Marcantónio Del Carlo - Silva
Emmanuel Salinger - Botelho
Rita Durão - Rosa
Manuel Manquiña - Gabriel
Duarte Guimarães - Daniel
Manuel Lobão - Fernandes
Luís Miguel Cintra - Pais
Joaquim Leitão - Filipe
Canto e Castro - Salieri
Rogério Samora - Rui Gama
Pedro Hestnes - Emilio
Marcello Urgeghe - Locutor da rádio
José Airosa - Paulo Ruivo
José Boavida - Técnico da rádio
António Capelo - Chamarro
Ruy de Carvalho - Spínola
Ricardo Pais - Marcelo Caetano
José Eduardo - Virgilio
Peter Michael - Pedro
Raquel Mariano - Amélia
Horácio Santos - Cesário
João Reis - voz de Salgueiro Maia

19/03/2010

SUBTEMA I.2.: PORTUGAL: DA 1ª REPÙBLICA À DITADURA MILITAR.: BIOGRAFIAS: CAROLINA BEATRIZ ÂNGELO

A PRIMEIRA MULHER A VOTAR EM PORTUGAL
Carolina Beatriz Ângelo
Médica, lutadora sufragista e fundadora da Associação de Propaganda Feminista, foi a primeira mulher a votar em Portugal, embora vivesse num país em que o sufrágio universal só seria instituído passados mais de sessenta anos, ou seja, depois do 25 de Abril de 1974.
O voto depositado nas urnas para as eleições da Assembleia Constituinte, em 1911, pela médica Carolina Beatriz Ângelo, constitui um episódio deveras exemplar de luta pela cidadania e pela emancipação da situação das mulheres em Portugal, numa altura em que o direito de voto era reconhecido apenas a "cidadãos portugueses com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família".
Invocando a sua qualidade de chefe de família, uma vez que era viúva e mãe, Carolina Beatriz Ângelo conseguiu que um tribunal lhe reconhecesse o direito a votar (à revelia) com base no sentido do plural da expressão ‘cidadãos portugueses’ cujo masculino se refere, ao mesmo tempo, a homens e a mulheres.
Como consequência do seu acto, e para evitar que tal exemplo pudesse ser repetido, a lei foi alterada no ano seguinte, com a especificação de que apenas os chefes de família do sexo masculino poderiam votar.
Carolina Beatriz Ângelo foi assim, também, a primeira mulher a votar no quadro dos doze países europeus que vieram a constituir a União Europeia (até ao alargamento, em 1996).

08/03/2010

SUBTEMA I.2.: PORTUGAL: DA 1ª REPÙBLICA À DITADURA MILITAR.: BIOGRAFIAS: JOSÉ RELVAS

José Relvas
(1858-1929)
José Relvas (centro)
Nasceu na Golegã a 5 de Março de 1858 e viveu a maior parte da sua
vida em Alpiarça, onde mandou construir, segundo um projecto de
Raul Lino, o Solar dos Patudos, transformado por sua vontade em Casa-Museu.
Filho de Carlos Relvas, fotógrafo, ganadeiro e cavaleiro tauromáquico,
José Relvas estudou em Coimbra onde frequentou Direito e
depois o curso superior de Letras, que completou em 1880. Mas foi
à administração das propriedades da família, na Golegã e em
Alpiarça, que se dedicou a partir de1882, tornando-se um abastado
e culto agricultor da região.
A sua adesão ao Partido Republicano, em 1907, surgiu aliás como
uma reacção política a uma medida de João Franco, que restaurou o
regime de privilégio dos vinhos do Douro, com prejuízo para os
vinhos da zona do Ribatejo, o que originou protestos, de que José
Relvas se tornou voz.
A partir daí empenhou-se na revolução republicana, em que participou
activamente, como um dos grandes líderes. No Congresso do
PRP em 1909, em Setúbal, no qual se debateram os defensores da
via gradualista e os da via revolucionária, Relvas foi eleito para o
Directório a quem foi confiada a missão de preparar a revolução.
A ele competiria, a 5 de Outubro de 1910, na varanda dos Paços do
Concelho em Lisboa, anunciar a queda da monarquia e proclamar a
República, de cujo Governo Provisório fez parte como ministro das
Finanças.
Na República, José Relvas foi embaixador em Madrid (1911-1914) e,
em 1915, senador. Em Janeiro de 1919, após a queda do governo
sidonista, foi chamado a chefiar o Governo, o que aceitou. Mas não
conseguindo alcançar as metas que se tinha traçado, em Março,
demitiu-se.
Nesse mesmo ano, com o suicídio do filho, Carlos, José Relvas retirou-
se da vida política e dedicou-se às suas empresas, bem como à
arte, de que foi grande coleccionador. Deixou em livro as suas
“Memórias Políticas”, um dos mais importantes relatos dos tempos
da I República. Morreu em Alpiarça em 1929.