15/05/2009

COMO ANALISAR UMA OBRA DE ARTE

ANALISAR UMA OBRA DE ARTE

· Analisar uma obra de Arte
· Analisar uma obra como um documento que se inscreve no contexto de uma época
· Exprimir um comentário pessoal sobre uma obra de arte


Uma obra de arte, qualquer que seja a sua forma, é simultaneamente:
Þ Um testemunho do sentido do belo do seu criador
Þ Um documento histórico
Þ Um diálogo, afectivo ou intelectual, entre a obra de arte e o seu espectador, no caso das artes visuais

Uma obra de arte pode ser analisada de várias formas(esta é uma proposta, podendo haver outras) e pretende sempre alcançar os seguintes objectivos:
Þ Ajudar a apreender as técnicas utilizadas pelo autor para transmitir a sua mensagem
Þ Mostrar como a obra de arte é a expressão de um dado contexto histórico
Þ Sensibilizar para a fruição dos valores estéticos

Como analisar uma pintura

Deve ter-se sempre em conta certos dados técnicos que diferem de época para época, ou de autor para autor

1. Observar atentamente as informações dadas na legenda da obra : autor ; título ; data da execução; suporte ; dimensões; lugar de conservação

2. Obter dados sobre o autor : data e lugar de nascimento e morte ; origem social ; anos e lugares de formação; idade aquando da realização da obra; outras obras suas

3. Reconhecer o tipo de assunto representado : cena religiosa ; histórica ; mitológica; alegoria ; retrato ; paisagem ...
(se e quando apareceu ao público ; acolhimento...)

4. Analisar o assunto propriamente dito : descrever o que está representado ; lugares ; enquadramento da cena; personagens; acção das personagens ; objectos..

Deve tentar perceber-se porque é que o autor pintou um quadro com aquelas dimensões e não outras, proceder à análise da cena, do enquadramento desta, dos móveis, dos objectos representados, da paisagem, da posição das personagens, identificando-as, como estão vestidas, em que atitude se encontram , etc.

Análise plástica /A técnica pictural

A composição __ Quais são as linhas que organizam o quadro? Isto é, a organização das figuras segundo esquemas geométricos ou não, com eixos bem marcados ou não, segundo leis de perspectiva ou sem elas (como é criado o sentido de profundidade)
O desenho __ qual é a função da linha, a sua espessura e forma? Tem um papel fundamental ou acessório?
As cores __ Quais são as cores dominantes?, cores quentes ou frias?, fundamentais ou complementares?
A luz __ De onde vem a luz? Está repartida uniformemente? Qual é o seu efeito?
A técnica de pintura __ mancha larga, pontilhada, linear, sfumato, modelado
A matéria __ óleo, têmpera, etc


Deverá analisar se o olhar do espectador é atraído para algum ponto em especial e porquê ; o que se pretende traduzir com determinadas cores ; se o emprego de determinada técnica marca decididamente o estilo do autor; se o emprego de determinadas matérias representa um avanço em relação a outros, inserção ou não nas técnicas comuns, etc

Análise histórica

Porquê este tema ? Porquê esta técnica ? Porquê este estilo? Que efeito pretendeu produzir no público? Insere-se numa corrente artística ou rompe com as correntes dominantes?

A resposta a estas questões levará à descoberta de problemas relacionados com: tipos de encomendas , ideias perfilhadas pelo autor, mentalidade dominante ; tipo de materiais colocados à sua disposição, influências de outros artistas, etc

Fazer um comentário pessoal sobre a obra de arte

Comentar do ponto de vista pessoal uma obra de arte, é exprimir a sua adesão ou não, à obra, quer do ponto de vista intelectual, quer do ponto de vista afectivo, justificando a sua posição

Conclusão

Com as informações fornecidas pela análise do quadro poderá concluir do valor histórico do documento que analisou, isto é, de que modo é que ele serve ou não de testemunho da sua época, fornecendo elementos de índole económica, social, política, religiosa e artística.

PRESIDENTES PORTUGUESES

Ao lado da foto do presidente:Nome/Período de governação/Profissão, para além de ser político/Factos da presidência
Teófilo Braga
1910 – 1911
Escritor e professor
Presidente do Governo Provisório até à eleição de Manuel de Arriaga


1º PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Manuel de Arriaga
1911 – 1915
Escritor e advogado
Foi o primeiro Presidente.Eleito e mais tarde demitiu-se do cargo



Teófilo Braga
1915
Escritor e professor
Eleito e cumpriu o mandato até Bernardino Machado


Bernardino Machado
1915 - 1917
Professor
Eleito e deposto

Sidónio Pais
1918
Militar, professor e diplomata
Tomou o poder e foi assassinado


Canto e Castro
1918 - 1919
Almirante e governador ultramarino
Nomeado e mais tarde renunciou ao cargo


António José de Almeida
1919 - 1923
Médico e professor
Eleito

Manuel Teixeira Gomes
1923 - 1925
Escritor e diplomata
Eleito


Bernardino Machado
1925 - 1926
Professor
Eleito e deposto


Mendes Cabeçadas
1926
Militar
Nomeado e deposto

Gomes da Costa
1926
Militar
Nomeado e deposto

Óscar Carmona
1926 - 1928 (neste período acumulou com o cargo de chefe de ministério)
Militar
Nomeado


Óscar Carmona
1928 - 1951
Militar
Eleito(presidiu até à sua morte)


Craveiro Lopes
1951 - 1958
Militar
Eleito e terminou o mandato


Américo Tomás
1958 - 1974
Militar
Eleito, re-eleito e deposto


António de Spínola
1974
Militar
Nomeado e exilado


Costa Gomes
1974 - 1976
Militar
Nomeado e terminou o mandato


António Ramalho Eanes
1976 - 1986
Militar
Eleito, re-eleito e terminou o mandato


Mário Soares
1986 - 1996
Advogado
Eleito, re-eleito e terminou o mandato


Jorge Sampaio
1996 - 2006
Advogado
Eleito, re-eleito e terminou o mandato


Aníbal Cavaco Silva
2006 -
Economista
Eleito...

RECURSO DIDÁTICO: CARTAZ/MURAL

CARTAZ/MURAL DIDÁCTICO
É um dos mais populares meios didácticos usados na escola
Depois de teres feito uma pesquisa sobre um determinado tema, podes elaborar um cartaz. O cartaz é uma forma de transmitir uma mensagem a muitas pessoas, por isso deve seguir determinadas regras.
Todo o cartaz ou mural deve ser atraente, simples e funcional.
REGRAS:
. Faz uma pequena margem no cartaz;
.Inclui apenas um assunto por cartaz;
.Faz um esboço prévio, num papel de rascunho, antes de o passares definitivamente;
.Estuda bem o texto e as imagens que queres inserir;
.Utiliza linhas-guia para colocares o título;
.A cor das letras do título devem ser grossas, pintadas a cheio e de preferência da mesma cor;
.O tamanho das letras deve diminuir, consoante se trate de título, texto ou legenda;
.O texto deve ser breve e ter letras bem legíveis, pode ser colocado em baixo ou ao lado da imagem;
.As imagens devem ser grandes, sugestivas, ocupar mais espaço que o texto e contrastar com a cor-base da cartolina
a)Tema- O assunto ou título deve destacar-se do conjunto ilustrativo.
b)Ilustração- deve ser quase auto-explicativa, pelo que exige uma atenta e paciente busca de figuras, desde a fotografia ao gráfico e/ou mapa ao desenho.
c)Cor- utiliza cores vivas e contrastantes, no máximo de três, não contando com a de fundo.
d) Disposição dos elementos- deves distribuí-los no espaço disponível de forma agradável
e)Texto- a mensagem deve utilizar palavras breves, simples e, também com grande expressividade.
VANTAGENS
.Informa
.Cria áreas de interesse
.Forma opiniões
.Estimula o pensamento
.Dinamiza a actividade escolar
.Usa mapas, gráficos, ilustrações

Lista de verificação
Avaliação do cartaz
SIM NÃO
1. O Cartaz vê-se ao longe
2. Colocamos uma pequena margem no cartaz?
3. Contem letras grandes e grossas de modo a ser facilmente lido por quem passa?4. A imagem está de acordo com o texto?
5. O espaço foi bem aproveitado
6. Procurámos que o conjunto fosse atractivo e de fácil leitura?
7. Verificámos e corrigimos os erros ortográficos e a construção frásica?
8. O texto tem frases imperativas ou informativas de modo a cativar quem lê?
9. Consegue-se identificar facilmente no cartaz a frase-chave?
10. Utilizámos cores vivas mas harmoniosas, na apresentação geral?
11. Gostámos do resultado final?

A TOPONÍMIA E O ESTUDO DA HISTÓRIA

"O estudo da toponímia permite localizar as actividades quotidianas boa parte das populações urbanas e compreender a evolução e o dinamismo económico das vilas e cidades. Com efeito, nas povoações antigas, a designação das ruas relacionava-se com as actividades económicas, sociais ou políticas e traduzia as formas comuns como os homens utilizavam e afeiçoavam os espaços.

Muitos dos topónimos tradicionais chegaram à actualidade ou, pelo menos, ao princípio do século, pelo que a sua localização em mapas, plantas ou gravuras antigas fornece informações sobre a evolução da vida urbana. As actividades artesanais dominantes davam o nome às respectivas artérias: rua dos sapateiros, das ferrarias, das tanoarias, dos ourives, dos pasteleiros, da alfaiataria, da forja, dos caldeireiros, dos oleiros, dos carpinteiros, etc., são topónimos frequentes a indicarem a distribuição dos principais ofícios urbanos. O comércio de maior importância é localizável, igualmente, através de designações toponímicas: rua dos mercadores, dos tendeiros, do açougueiro do pau, praça do peixe, indicam os espaços das trocas urbanas e ajudam a reconstituir a função comercial das povoações.Por outro lado, a importância de certos edifícios traduziu-se também na nomeação das ruas: da cadeia, do paço, da alfândega, do convento.

Ao mesmo tempo que algumas pessoas ou instituições relacionadas com a fé e as práticas religiosas mereceram consagração toponímica: é o caso, por exemplo, das ruas do cabido, dos clérigos, dos cónegos, etc. A problemática do abastecimento de água está também, geralmente, presente em topónimos como rua da fonte, do chafariz, ou do poço, enquanto a persistência de designações como rossio, campo, ou terreiro, conduz à compreensão do desenvolvimento das povoações, uma vez que, em tempos passados, estes espaços situavam-se invariavelmente nas periferias dos núcleos urbanos. A sua integração, hoje, na malha urbana das vilas e cidades permite determinar as direcções de crescimento das mesmas.Também nas periferias se situavam, tradicionalmente, as actividades menos limpas e mais incómodas para os moradores, como as olarias, o tratamento dos couros, os celeiros, os currais, e os moinhos e atafonas, pelo que os topónimos subsistentes conduzem à compreensão de alguns aspectos da evolução urbana.

O estudo da toponímia permite, pois, o reencontro com as cidades e vilas antigas, com paisagens e espaços desaparecidos e com as actividades que caracterizavam o quotidiano das populações, fornecendo igualmente elementos para a compreensão das linhas gerais da evolução económica e social das localidades.

"Fonte: MANIQUE, António Pedro; PROENÇA, Maria Cândida – Didáctica da História,
Texto Editora

04/05/2009

PARA UMA HISTÓRIA LOCAL

1. IntroduçãoO professor deverá sugerir e motivar os alunos para o estudo da história local, propondo-lhes trabalhos específicos para a descoberta da sua localidade ou região. Normalmente, os alunos ficam bastante entusiasmados com a ideia de ficarem a conhecer o passado da sua aldeia, vila, cidade ou região.2. Algumas sugestões para a realização deste trabalho:Os trabalhos poderão ser realizados em grupo ou individualmente. Esta pode ser uma actividade interdisciplinar que assim sendo tornar-se-á mais rica. O trabalho pode ter continuidade para o ano lectivo seguinte, com a mesma turma, ou com outra que virá enriquecer o que os outros já haviam começado. Por isso, o que se pretende pode não ser um trabalho acabado. Se possível, arranjar na Escola um local próprio onde se reúna os materiais que se refiram à localidade/região: postais, plantas, mapas, desenhos, fotografias, livros, gravações auditivas ou visuais, trabalhos escritos, maquetas, inquéritos, jornais, etc. Aí, seria o arquivo da história local/regional. 3. Algumas possíveis etapas para a realização do trabalho

  • Planificação do trabalho para a disciplina de História ou História e Geografia de Portugal, ou de um trabalho interdisciplinar, discriminando as várias actividades a realizar por cada disciplina envolvida no projecto.
  • A turma procede à pesquisa de materiais com a orientação do(s) professor(es): monografias, documentos escritos, cartas topográficas, imagens, inquéritos, jornais, mapas, plantas, fotografias, etc.
  • Organização de um arquivo do Meio Local/Regional, de modo a facilitar a consulta daquilo que este contém.
  • Exploração dos materiais encontrados e realização dos trabalhos: trabalhos escritos, maquetas, desenhos, mapas, vídeos, inquéritos, entrevistas, gráficos.
  • Possíveis visitas de estudo a locais desse meio local/regional: por exemplo a ruínas romanas, estações arqueológicas, monumentos, fábricas, arquivos históricos, bibliotecas, fazer percursos históricos de uma campanha militar, da visita de um monarca à região, de peregrinações, etc.
  • No final do ano lectivo, a turma pode realizar uma exposição na Escola, aberta à comunidade envolvente, com todos os trabalhos feitos sobre o Meio Local/Regional.
  • No ano lectivo seguinte, deve ser dado ao projecto continuidade.