29/10/2009

SUBTEMA I.2.PORTUGAL: DA 1ª REPÚBLICA À DITADURA MILITAR

CONTEXTUALIZAÇÃO
No início do século XX, o mundo passou por grandes transformações que também afectaram Portugal.
Desde os finais do século XIX, a divulgação das doutrinas socialistas e republicanas ameaçava o regime monárquico português. Aproveitando as dificuldades económicas do país, os sinais de corrupção e uma certa desorientação dos governantes da Monarquia, em 1910 deu-se uma revolução e foi instaurada uma República em Portugal.
A revolução republicana tinha como principal objectivo melhorar a vida dos cidadãos e modernizar o país. Contudo, o novo regime não se mostrou capaz de resolver, de imediato, os problemas que afectavam Portugal. Dezasseis anos depois, caiu a 1ª República e foi imposta uma Ditadura Militar.

21/10/2009

A REVOLUÇÃO SOVIÉTICA

A Rússia viveu no início desse século três grandes movimentos revolucionários: A Revolução de 1905; e as duas revoluções de 1917. Em todas a organização dos sovietes e sua ação política foi fundamental.

A REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA

Em 1905 a Rússia conheceu sua primeira grande revolução; país atrasado economicamente, lançou-se em uma aventura militar contra o Japão, numa disputa neocolonialista pela região da Mandchúria, agravando a precária situação da população tanto do campo como das cidades.

Desde janeiro de 1905 as manifestações sociais se multiplicaram: marchas, greves e motins militares que, mesmo violentamente reprimidos serviram para dar maior organização aos trabalhadores, e garantiram algumas conquistas políticas, de caráter liberal. No entanto, podemos considerar que a maior vitória popular foi sua auto-organização política, independente, classista: os sovietes.

Os sovietes eram conselhos formados por operários e soldados, eleitos nas fábricas e nos regimentos militares, excluída a participação dos burgueses e oficiais. Como representantes dos trabalhadores da capital, São Petersburgo, foram responsáveis por conduzir a luta contra a autocracia czarista, reivindicando melhores condições de vida e de trabalho, direito de greve, reforma agrária e a formação de uma Assembléia Nacional. Na prática os sovietes constituíram-se como um "poder paralelo" e representaram um grande salto no processo de organização e conscientização política da classe operária.

O refluxo do movimento, a partir das conquistas obtidas, fez com que os líderes dos sovietes fossem forçados ao exílio ou presos pelo czar.

A REVOLUÇÃO BURGUESA - fevereiro de 17

A revolução de fevereiro foi reflexo da participação da Rússia na 1° Guerra Mundial. A Rússia tentava aliar o desenvolvimento industrial à manutenção da estrutura absolutista de poder. A industrialização russa, tardia, não deveu-se à ascensão da burguesia ao poder, como ocorreu em outros países, foi fruto da abertura do país ao capital estrangeiro, em especial inglês e francês, fato que explica a participação do país na grande guerra: a mentalidade imperialista e expansionista em busca de mercados e a dependência frente ao capitalismo dessas duas potências.

A derrubado do czarismo e a formação de um governo provisório, representou a ascensão da burguesia ao poder, porém não representou apenas uma substituição de governantes, pois somente foi possível a partir da organização e mobilização de trabalhadores e soldados, organizados novamente nos sovietes.

No início de 1917, a situação era de tamanha gravidade que as greves se multiplicavam e os soldados que abandonavam as frentes de batalha retornavam à cidade e organizavam-se contra o governo. Em fevereiro, o potencial revolucionário das massas seria canalizado por líderes burgueses contra o absolutismo e a favor de reformas.

A REVOLUÇÃO SOCIALISTA - outubro de 17

"Todo poder aos Sovietes". Essa tornou-se a palavra de ordem dos Bolcheviques a partir de junho de 17, em oposição ao governo provisório, que manteve a Rússia na guerra.
Lenin - 1920

Reivindicar o poder para os sovietes seria a forma de iniciar a construção de uma sociedade socialista, mas antes de tudo, serviu para demonstrar a política traidora do Partido Menchevique e do Partido Socialista Revolucionário - que apoiavam o governo provisório - e ao mesmo tempo estavam em maioria nos sovietes. Nesse sentido a palavra de ordem significava: "Governem em nome dos trabalhadores e não aliados com a burguesia". Os partidos que se diziam socialistas começavam a ser desmascarados e o Partido Bolchevique passaria a ser a principal referência política para os trabalhadores.


Em setembro a maioria dos membros eleitos para o soviete de Petrogrado eram bolcheviques e sob o comando de Trotski formaram a Guarda vermelha e o Comitê Militar Revolucionário: estava aberto o caminho para a tomada do poder.
Trotski



SUBTEMA I.1:HEGEMONIA E DECLINIO DA INFLUÊNCIA EUROPEIA

FICHA FORMATIVA
1.Relaciona os conceitos da coluna de cima com os da coluna de baixo, escrevendo a respectiva letra no quadrado apropriado.
A – Guerra curta
B – Paz armada
C – Guerra de posições
D – Rivalidade económica
E – Paz
F – Mapa cor-de-rosa
Armísticio__
Imperialismo colonial__
Guerra de movimentos__
Corrida aos armamentos__
Trincheiras___
Conferência de Berlim__
2. Caracteriza a guerra de trincheiras.
3.Refere as armas usadas pela primeira vez durante a 1ª Guerra Mundial.
4.. Lê e interpreta o documento escrito .
Uma nova organização internacional
"No começo da Conferência, Wilson consegue que seja criada uma nova organização destinada a desenvolver a cooperação entre as nações…"
Memória do Mundo, das origens ao ano 2000, Círculo de Leitores
4.1.Identifica a organização.
4.2.Indica outros objectivos deste organismo.
5.No fim da guerra, a Europa apresentou uma “Nova Carta Política”.
5.1.Indica os novos Estados nascidos do desmoronamento dos impérios.
6.Das seguintes afirmações, assinala com um V as verdadeiras e com um F as falsas. Em seguida, reescreve, de forma correcta, aquelas que consideraste falsas.
A Conferência de Paz reuniu-se em Berlim, em 1919.__
O Tratado de Versalhes impôs à Alemanha a perda das suas colónias.__
O Tratado de Versalhes devolveu à Alemanha a Alsácia-Lorena.__
O Império Austro-Húngaro e o Império Turco foram desmembrados.__
Os Estados Unidos não foram membros da Sociedade das Nações.__
Uma das principais consequências da Grande Guerra foi o reforço da supremacia europeia no mundo.__
7.Relaciona os conceitos desta lista com os dois grandes sistemas económicos referidos ao lado (socialismo e capitalismo), colocando as letras A ou B nos quadrados adequados.
A- Socialismo
B- Capitalismo
Bolchevismo__
Colectivização__
Marxismo-leninismo__
Comunismo__
Livre iniciativa__
Nacionalização__
Livre concorrência__
Propriedade privada__

SUBTEMA I.1.: HEGEMONIA E DECLÍNIO DA INFLUÊNCIA EUROPEIA.: MODELO AMERICANO


09/10/2009

SUBTEMA I.1.: HEGEMONIA E DECLÍNIO DA INFLUÊNCIA EUROPEIA.:Resumo sobre Imperialismo

Estrutura de Tópicos

1. Conceito
* Também chamado de Neocolonialismo, foi um movimento de conquista e dominação de territórios da África, Ásia e Oceania, por países ricos da Europa, a partir do século XIX.

2. Antecedentes I
* A exploração de países pobres por potências imperialistas, está relacionada com a Revolução Industrial.
* Isto porque o crescimento do número de indústrias estimulou a busca de matérias-primas, que estavam em falta na Europa.
* Além disso, fazia-se necessário a busca de novos mercados consumidores, para escoar a produção das fábricas, e dos capitais disponíveis.
* O grande crescimento populacional também pedia disponibilidade de novas terras a ser ocupadas.
* Estes fatores, associados a outros, estimulou a corrida com vista a dividir territórios, principalmente na África e Ásia, que pudessem suprir estas necessidades européias.

3. Antecedentes II
* Os principais potências imperialistas foram: Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Estados Unidos, Itália, Rússia e Japão.
* Vale ressaltar que a participação destas potências ocorreram em graus e momentos diferentes.
* Alguns destes países justificavam que suas ações eram benéficas e necessárias, pois estavam levando progresso aos povos dominados, numa “ missão civilizadora ”.
* A África foi o continente que mais sofreu com a corrida imperialista. A “ Partilha da África ” não levou em consideração as diferenças culturais entre as tribos, estimulando conflitos que existem até hoje.
* Por outro lado, alguns conflitos colocaram em risco o domínio de países como a Inglaterra, que enfrentou algumas revoltas como: Guerra dos Bôeres, Revolta dos Cipaios e Guerra do Ópio.


4. Guerra dos Bôeres
* A Guerra dos Bôeres ocorreu na África do Sul, entre 1880 e 1902.
* O confronto ocorreu entre os Bôeres, africanos de origem holandesa e francesa, contra os ingleses.
* Um dos principais motivos do conflito, foi o fato dos ingleses desejarem se apoderar das minas de diamante do território Boer.
* Apesar das vitórias iniciais, os Bôeres foram derrotados pelos ingleses.

5. Revolta dos Cipaios
* A Revolta dos Cipaios ocorreu na Índia, em 1857.
* O confronto ocorreu entre os Cipaios, soldados indianos que lutavam no exército inglês, contra os ingleses.
* Entre os motivos está a indesejada ocupação da Inglaterra na Índia, e a tentativa de converter hindus e mulçumanos indianos ao cristianismo.
* Além disso, havia a suspeita de que a gordura utilizada para lubrificar as armas, provinha do porco e do boi. Como estes animais são considerados impuros ou sagrados por alguns indianos, este fato estourou a revolta.
* No fim, os ingleses venceram o conflito.

6. Guerra do Ópio
* A Guerra do Ópio ocorreu na China, entre 1839 e 1860. O confronto ocorreu entre chineses e ingleses.
* Os motivos do conflito estão nos interesses dos ingleses em comercializar com a China. Porém, o mercado chinês era fechado.
* Contudo, um dos produtos com boa aceitação era o ópio , droga entorpecente proveniente da papoula. Por um tempo, o comércio rendeu grandes lucros aos ingleses.
* Devido ao vício de civis e militares, o governo chinês proibiu e mandou queimar toneladas da droga. Isto despertou a fúria dos ingleses, que declararam guerra à China.
* No fim, a Inglaterra saiu vitoriosa. Através de tratados, como o Tratado de Nanquim , muitos portos foram abertos aos ingleses, entre eles o de Hong Kong e Xangai.

08/10/2009

SUBTEMA I.1.: HEGEMONIA E DECLÍNIO DA INFLUÊNCIA EUROPEIA.:

IMPERIALISMO E COLONIALISMO

Nesta teleaula vais ver como e por que o imperialismo se intensificou entre os países europeus a partir da segunda metade do século XIX. Além disso, saberás que regiões foram dominadas pelos países imperialistas e como países não europeus Japão e Estados Unidos, tornaram-se imperialistas.

PARTE I


PARTE II

SUBTEMA I.1.: HEGEMONIA E DECLÍNIO DA INFLUÊNCIA EUROPEIA.: A 1ª GUERRA MUNDIAL

A vida dos soldados nas trincheiras. As mortes desnecessárias...



Aula de 1ª Guerra Mundial e Revolução Russa, Parte 1/2

Aula de 1ª Guerra Mundial e Revolução Russa, Parte 2/2

SUBTEMA I.1.:HEGEMONIA E DECLÍNIO DA INFLUÊNCIA EUROPEIA: 1.2. A 1ª GRANDE GUERRA

CONTEXTUALIZAÇÃO
Em finais do século XIX, a Europa continuava a exercer um forte domínio sobre outras regiões do Mundo, baseado no seu poder económico. A política imperialista das potências europeias deu origem a uma forte concorrência económica e a tensões internacionais que conduziram à 1ª Guerra Mundial.
Esta guerra provocou profundas alterações na economia, na política e na sociedade, sobretudo nos países da Europa e nos EUA. Após a guerra, a Europa perdeu o seu lugar de supremacia e os EUA afirmaram-se como a primeira potência mundial.
Os anos que se seguiram à guerra foram de grande prosperidade para os EUA, enquanto a Europa recuperava da guerra, num clima de paz que se mostrou frágil.

A 1ª GUERRA MUNDIAL

Nesta teleaula vais conhecer a história da Primeira Guerra Mundial. Vais saber os motivos que a provocaram e entender por que tantos países lutaram em diferentes lugares do mundo. Além disso, verás como os avanços da industrialização foram aproveitados nos campos de batalha e saber o que aconteceu de importante no mundo com o fim deste conflito.

PARTE I


PARTE II

TEMA K: DO SEGUNDO APÓS-GUERRA AOS ANOS 90 CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

Alemanha após a guerra


TEMA J: DA GRANDE DEPRESSÃO À 2ª GUERRA MUNDIAL: CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS


A Grande Depressão 





Mussolini e Hitler

TEMA I: A EUROPA E O MUNDO NO LIMIAR DO SÉCULO XX: CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS


Exploração das imagens de abertura do Tema K do Manual


Estas duas páginas foram pensadas para fazerem ressaltar uma clara polarização: à esquerda, a fortíssima imagem da conquista do Espaço, dos primeiros passos do ser humano na Lua e progresso tecnológico ilustrado na imagem com a “realidade virtual”; do outro lado, o retrato da miséria mais dolorosa, a que atinge as crianças, sobretudo no Terceiro Mundo. 
A fazer a ligação entre estes dois extremos, o derrube do Muro de Berlim, o maior expoente da Guerra Fria e como remate final a luta contra o grande flagelo da actualidade – o terrorismo. O mural comemorativo da Revolução de Abril permanece como o grande alicerce da sociedade portuguesa actual.

Exploração das imagens de abertura do Tema J do Manual


O início destas páginas é claramente dominado por símbolos ditatoriais do passado e do presente: o nazismo, com a fotografia de Hitler e o tão recente regime iraquiano de Saddam Husseim.
Dos campos de concentração com os tristemente familiares uniformes de riscas, repetem-se em paralelo nos campos de concentração e de extermínio étnico da ex-Jugoslávia. No canto superior esquerdo, um dístico num carro clama por trabalho (possibilidade de fazer uma ponte entre os anos 1930 e os tempos que vivemos). Do lado direito, estabelece-se uma confrontação entre o sinistro cogumelo da bomba atómica, e outras manifestações de guerra da actualidade – a guerra das pedras, espelhada na revolta das crianças palestinianas. Ao longo do século XX até inícios do novo milénio proliferam gigantescas manifestações contra a guerra: manifestações a favor da paz, antes da 2.a Guerra Mundial, e muito recentemente, manifestações pacifistas contra a guerra do Iraque. A abrir o novo milénio deflagra no Mundo uma nova ameaça, manifestada em
grande dimensão no atentado de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque, apesar dos contínuos esforços da ONU, ilustrados nestas imagens pela Assembleia da ONU e por um “capacete azul” das forças internacionais, para a manutenção da paz no Mundo. Em resumo, a perenidade da guerra, mas também das reacções contra ela (populares ou institucionais, com a ONU); e também a perenidade de alguns flagelos, como os genocídios ou o desemprego.

Exploração das imagens de abertura do Tema I


Na margem esquerda, destacam-se imagens de guerra, da 1.a Guerra Mundial às actuais
guerras civis. A guerra é equilibrada com alguma pintura modernista, por um lado, e com a evolução das grandes linhas de produção automóvel. Do lado direito domina a moda feminina da 1.a e da 2.a metade do século XX, que simboliza também a emancipação da mulher; é também uma figura feminina que simboliza o nascimento da República e que segura na sua mão direita os restos das grilhetas que a prendiam a ela, mulher, e à sociedade do Antigo Regime e que ainda continua a constituir a actual figura da República Portuguesa.

SUGESTÃO DE EXPLORAÇÃO DA CAPA DO MANUAL


O século XX sofre de excesso de imagens terrivelmente fortes. Parece fácil escolher uma delas para o simbolizar. Só as guerras sugerem-nos uma boa mão-cheia de instantâneos: dos “cogumelos” de Hiroxima e Nagasáqui aos helicópteros e ao napalm do Vietname, das guerras coloniais à bandeira de Iwo Jima… Mas há ainda os campos de concentração e o Holocausto, a moda, os movimentos dos anos 60 do século XX, os Beatles ou o Maio de 68, Elvis Presley ou Marilyn. E há a ciência, há Einstein. E há a Depressão de 1929 ou os arranha-céus.
Escolhemos esta fotografia da Queda do Muro de Berlim por pensarmos que ela é muito rica e pode ser explorada até à exaustão: por um lado há o Muro, símbolo da Guerra Fria, quase mais perturbador e sinistro do que a guerra aberta propriamente dita, com uma cidade dividida a meio no coração da Europa, janelas entaipadas, famílias separadas, arame farpado. Depois, num segundo momento, o odioso muro cinzento é coberto de graffitis, símbolos da revolta e da cor contra a opressão.
No fim, o Muro é derrubado; e por entre uma das primeiras fendas, sobre a espessura do betão triunfa o amor numa das suas manifestações mais intensas: o beijo de dois jovens – símbolo da esperança de um mundo melhor. Esta imagem é de tal forma rica para a abordagem dos conteúdos do 9.° ano, que ela própria constitui uma síntese das contradições da nossa época contemporânea.