Com a conquista da Alemanha nazi por parte dos Aliados e da URSS, decidem deter-se todos os criminosos nazis, e julgá-los no Tribunal de Nuremberga.
A cidade alemã de Nuremberga que assistiu à ascensão do nazismo, foi a mesma cidade onde foram julgados e sentenciados os dirigentes nazis pelos crimes cometidos durante a Segunda Guerra Mundial.
Assim, logo após o fim da II Guerra Mundial e tendo em conta todas as barbaridades cometidas pelos nazis, tornou-se urgente levar avante o julgamento dos principais responsáveis por esses horríveis crimes.
Quando o Tribunal Militar Internacional, que reunia juízes dos países aliados – Grã-Bretanha, França, União Soviética e Estados Unidos da América – começou os seus trabalhos, estavam entre os acusados 22 nazis. Hitler e Heinrich Himmler não estavam entre os acusados, tinham-se suicidado.
Entre os acusados estavam Martin Bormann, secretário do Partido Nazi e ajudante-chefe de Hitler; Hermann Göring, que autorizou a preparação da “Solução Final”; Ernst Kaltenbrunner, chefe da Polícia da Segurança;Hans Frank, governador da Polónia ocupada e Julius Streicher, dirigente da propaganda anti-semita.
Pela primeira vez na história criou-se um Tribunal (O Tribunal Militar Internacional) em que os vencedores, em conjunto, julgaram os criminosos de uma guerra.
Este primeiro Julgamento teve início em 20 de Novembro de 1945.
Inicialmente eram 24 os réus, mas só 21 foram levados a julgamento.
Robert Ley suicidou-se antes do início do tribunal, Gustav Krupp foi considerado demasiado fraco, e Martin Bormann que tinha fugido, foi julgado à revelia.
Cada um dos réus foi passível de uma ou mais das seguintes acusações:
1- Conspiração e actos deliberados de agressão
2- Crimes contra a paz
3- Crimes de Guerra
4- Crimes contra a Humanidade.
O Tribunal, terminou a 1 de Outubro de 1946, depois de quase um ano, em que foram ouvidas centenas de testemunhas, que relataram os maiores horrores, crimes e humilhações que jamais seres humanos sofreram às mãos de outros seres humanos, com a leitura das seguintes sentenças:
11 Condenações à morte por enforcamento:
Hermann Goering, Joachim von Ribbentrop, Wilhelm Keitel, Ernst Kaltenbrunner, Alfred Rosenberg, Hans Frank, Wilhelm Frick, Julius Streicher, Fritz Sauckel, Alfred Jodl, Arthur Seyss-Inquart.
3 Condenações a prisão perpétua:
Rudolf Hess, Walther Funk, Erich Raeder.
2 Condenações a 20 anos de prisão:
Albert Speer, Balder von Schirach.
1 Condenação a 15 anos de prisão:
Konstantin von Neurath.
1 Condenação a 10 anos de prisão:
Karl Doenitz.
3 Absolvições:
Hans Fritzsche, Hjalmar Schacht.
As sentenças foram executadas a 16 de Outubro de 1946. Os condenados com penas de prisão foram encarcerados na Prisão de Spandau, que após a morte do último destes prisioneiros, Rudolf Hess, em 1987, foi completamente destruída pelos Aliados.
Posteriormente, as Nações Unidas adoptaram a Convenção para a Prevenção de Crimes de Genocídio e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
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