07/05/2010

SUBTEMA k.2.:AS TRANSFORMAÇÕES DO MUNDO CONTEMPORÂNEO: CONFERÊNCIA DE BANDUNG: MOVIMENTO DOS NÃO ALINHADOS

MOVIMENTO DOS NÃO ALINHADOS
Conferência de Bandung
Entre 18 e 24 de Abril de 1955, reuniram-se na Conferência de Bandung, na Indonésia, os líderes de vinte e nove Estados asiáticos (Afeganistão, Arábia Saudita, Birmânia, Camboja, Laos, Líbano, Ceilão, República Popular da China, Filipinas, Japão, Índia, Paquistão, Turquia, Síria, Israel, República Democrática do Vietnã, Irã, Iraque, Vietnã do Sul, Nepal, Iémen do Norte) e africanos (Etiópia, Líbia, Libéria e Egito) perfazendo uma população total de 1 350 milhões de habitantes. O patrocínio cabia à Indonésia, Índia, Birmânia, Ceilão (Sri Lanka) e Paquistão, que haviam preparado a conferência em uma reunião anterior em Colombo, no Ceilão. O objetivo era a promoção da cooperação económica e cultural afro-asiática, como forma de oposição ao que era considerado colonialismo ou neocolonialismo dos Estados Unidos da América, da União Soviética ou de outra nação considerada imperialista.
Foi a primeira conferência a falar e a afirmar que o imperialismo e o racismo são crimes. Deram a ideia de criar o Tribunal da Descolonização, para julgar os culpados desse grotesco crime contra a humanidade, Imperialismo, mas a ideia foi abafada pelos países centrais. Falaram também sobre as Responsabilidades dos Países Imperialistas, que existem até hoje. Responsabilidade que significa ajuda para reconstruir os estragos que eles fizeram no passado. Nessa conferência foram lançados os princípios políticos do "não alinhamento" (Terceiro Mundismo), ou seja, de uma postura diplomática e geopolítica de equidistância das superpotências. Apesar do não alinhamento, todos os países declararam que eram socialistas mas não iriam se alinhar ou sofrer influência Soviética. O "Não Alinhamento" não foi possivel no contexto da Guerra Fria, onde URSS e EUA buscavam cada vez mais por áreas de influências. No lugar do conflito leste-oeste, Bandung criava o conceito de Conflito norte-sul, expressão de um mundo dividido entre países ricos e industrializados e países pobres exportadores de produtos primários.
O Movimento dos Países Não-Alinhados surgiu do desejo dos países em desenvolvimento, durante a Guerra Fria, de não serem alinhados aos países do “bloco potente”, como Estados Unidos e União Soviética. As raízes da organização são políticas – os membros condenavam o colonialismo, o imperialismo e o domínio estrangeiro em geral. Desde a Guerra Fria, o movimento tem se redefinido, em vez de se concentrar com freqüência nas questões econômicas. Por exemplo, o MNA criticou o embargo do governo norte-americano sobre Cuba. O grupo também exigiu a reforma, particularmente das organizações intergovernamentais, como o Banco Mundial e o Conselho de Segurança das Nações Unidas, em que as nações industrializadas detinham a maior parte do poder.

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