15/04/2010

SUBTEMA K.3. PORTUGAL: DO AUTORITARISMO À DEMOCRACIA: PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS

Partido Comunista Português (PCP)
“Fundado em 1921 com raízes na Federação Maximalista Portuguesa, o PCP manteve-se fiel ao longo da sua existência aos princípios e à prática do marxismo-leninismo, na linha da Revolução russa de 1917 e da experiência soviética que se lhe seguiu. Entre 1926 e 1974 foi perseguido e forçado à clandestinidade, primeiro sob a liderança de Bento Gonçalves, emergindo desde os anos 40 a presença de Álvaro Cunhal, grande reorganizador do partido .
É de destacar, ainda, a influência de dirigentes como José Gregório e Júlio Fogaça. Sobretudo a partir de 1944, foi muito nítida a marca do PCP na estratégia da oposição democrática - desde o Movimento de Unidade Nacional Antifascista (MUNAF) e do MUD ao MDP/CDE (de1969 e de 1973).
Depois de 1974, e sem esquecer que as eleições de 1973 tinham sido
disputadas pela oposição sob um signo de um acordo celebrado entre os comunistas e o
recém-constituído Partido Socialista, o PCP participou nos seis governos provisórios e foi a terceira força mais votada nas eleições para a Assembleia Constituinte. Ao longo do processo revolucionário, cobriu ou favoreceu alguns dos excessos radicais e chegou a manifestar, pela boca de alguns dos seus dirigentes, reservas quanto ao modelo de democracia representativa e pluralista, que viria a ser consagrado na Constituição. A sua acção política tem-se desenvolvido sobretudo a nível autárquico, na Assembleia da República, no movimento sindical - com fortes e estreitos elos relativamente à Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical (CGTP-IN) e, até aos anos 80, na Zona de Intervenção da Reforma Agrária. Desde 1977, tem integrado diversas coligações eleitorais: Frente Eleitoral Povo Unido (FEPU-1977), Aliança do Povo Unido (APU-1978) e presentemente a Coligação Democrática Unitária (CDU), formada em 1987 e constituída pelo PCP, pelo Partido Ecologista Os Verdes e por elementos da Associação Intervenção Democrática. Em 1992, Cunhal deixou o cargo de Secretário-Geral do Partido cedendo-o a Carlos Carvalhas". Em2004 Jerónimo de Sousa assume as funções de secretário-geral do partido.

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